Aponta pro ouro e vai
Chega
ao fim a primeira fase do futebol no rio 2016 e seleções masculina e feminina
seguem vivas na competição em busca do inédito ouro olímpico.
A fase de grupos no futebol dos jogos olímpicos Rio 2016 chegou
ao fim ontem (10) e definiu os classificados e eliminados para a sequência da
competição. Sobre os times do Brasil, o feminino foi o primeiro a garantir a
passagem para as quartas de finais. A classificação veio logo após a segunda
vitória, diante da Suécia, por 5 a 1, no sábado (6). Os resultados positivos da
seleção feminina nas duas primeiras rodadas fizeram com que o time enfrentasse
a África do Sul, com o direito de classificar mesmo com um empate.
A partida contra as africanas, lanternas do grupo E da
competição, que aconteceu nesta terça-feira (9), foi marcada exatamente pela
calma de quem estava guardando forças para a próxima fase da competição. O
resultado de 0 a 0, garantiu o Brasil na primeira posição do grupo e definiu a
Austrália, terceira colocada no grupo F, como próxima adversária do time
comandado por Vadão.
Ao contrário das meninas do Brasil, o futebol masculino
chegou à última rodada desacreditado e torcendo para que o calor do clima e do
povo nordestino ajudasse na classificação que começava a se distanciar. O jogo
contra a Dinamarca, equipe líder do grupo com quatro pontos, marcou o
reencontro do time com o bom futebol. O a seleção brasileira venceu por 4 a 0 e
garantiu a vaga na próxima fase com a própria Dinamarca ficando com a segunda
vaga.
Agora as duas seleções voltam a campo ainda essa semana para
definir a sequência do torneio. A primeira será a seleção feminina que enfrenta
a Austrália no Mineirão, amanhã (12) ás 22h. Já neste sábado (13), é dia da
seleção masculina mostrar serviço contra a Colômbia, na Arena Corinthians, em
São Paulo, também às 22h. O Brasil nunca conquistou o ouro olímpico no futebol
feminino ou masculino.
Opinião
O reencontro do time masculino com o bom futebol e a
confiança no selecionado feminino levam o torcedor a acreditar na conquista do
inédito ouro olímpico e nas seleções nacionais. É bem verdade que o momento é
melhor para as meninas, que estrearam com vitória e garantiram a classificação
ainda no segundo jogo.
A coletividade no futebol apresentado por elas é marcante e
as ações ofensivas mostram um time mais rápido do que o de costume para a esta seleção,
criticada no cenário do futebol feminino exatamente pela lentidão no toque de
bola e na transição da defesa para o ataque, e vice-versa. Tudo isso serve para
deixar bem claro: Elas amadureceram!
Se as meninas vivem o paraíso, o selecionado de Neymar e
companhia despertou a ira do torcedor nos empates sem gols contra África do Sul
e Iraque. O time só encontrou o bom futebol e o caminho para o gol com uma
mudança tática fundamental: Renato Augusto deixou de ser o responsável por
armar as jogadas pelo meio do setor ofensivo e Neymar retornou para a posição.
A mudança surtiu efeitos e o Brasil enxergou bem o espaço
nas costas do lateral, pelo setor esquerdo de ataque, o que definiu o placar do
jogo. Todos os quatro gols do time na partida saíram de jogadas iniciadas ou
concluídas nessa região da área dinamarquesa.
É óbvio que não existe fórmula para o sucesso e definir o
lugar dos dois times nas finais é algo prematuro e infantil. Até chegar na
disputa por medalhas, a seleção feminina, por exemplo, terá pela frente a Austrália
que as eliminou do último mundial, ano passado, no Canadá. As meninas seguem engasgadas
e o fator psicológico pode ser determinante para um deslize ou para a glória.
Já o time masculino enfrenta um desafio interessante. Não que a Colômbia apresente uma qualidade
técnica e disposição tática superior, mas o time é bem mais ofensivo e veloz do
que os adversários do Brasil até o momento, o que dá ao jogo um caráter ainda
mais imprevisível do que o costumeiro, para o futebol.
Apesar dos resultados que possam surgir é importante que
saibamos reconhecer que temos times para torcer; e temos dois. É inevitável que
a credibilidade do futebol feminino seja superior ao masculino, mas ambos podem
fazer história e precisam do incentivo do torcedor. O caminho para o ouro
começa agora.

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